quinta-feira, 19 de junho de 2008

Para Helayne


- o que achas disso: ainda ontem, me lembro bem, estava muito bem acompanhado. Braços em volta do meu pescoço, cheiro de Rosa a se misturar ao ar, carne a tocar minha carne. Hoje já não tenho o mesmo, ta tudo tão frio, dia cinzento e solidão.

- há! Por favor, onde pensa que esse teu falso lirismo vai te levar?

- talvez mais longe que essa tua ironia nociva, isso é tudo inveja

- inveja de que? Você parece um bobo a se lamentar das aventuras que não viveu.

- ora mais! Você não devia me criticar, não é essa sua função. Só abres a boca pra me rebaixar?

- o que devia eu fazer então? Participar desse teu teatro? Essa tua peça mal escrita me dá ânsia de vomito, alias tudo que tu escreve me dá ânsia de vomito.

- miserável! Como? Você deve sua própria existência a mim! Sem mim você não é nada! Nada!

- critico-te por que essa sempre foi minha função, te tornar a realidade. E o que falas é verdade devo a ti minha existência, mas não pense que isso é muita coisa, ou imaginas que eu estou aqui de bom grado. Queria eu tomar a consciência plena e te colocar no meu lugar, se bem quer ter um romântico idiota a buzinar no meu ouvido deve ser um tormento infernal.

- há! Bem melhor que um cético depravado e infeliz que ironiza até a própria vida.

- de quem você esta falando?

3 comentários:

Cândido disse...

monologismos a parte...

tu sentes assim: aparentemente bem frio, e inconstante.
nada de realidade, nada é real pra mim, acho que nem pra tu júnior.

minhas criticas às vezes...
é pq gostaria de enxergar como vc, mas não consigo: sinto demais.

sinto muito
sentir assim.

Rebeca. disse...

eita povo que se ataca!
rá!

Anônimo disse...

sentes, passes, fales não são bem as palavras que o casal 'pronuncias'. hehe.