quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

''E o que há de ser da minha boca de inventos neste entardecer.''

Eu, papel amassado começo agora a me desdobrar, a me fazer visível figura. Um cavalo ou bicho de asas? Sou rainha, louca despida em praça publica, pregando com educação minhas palavras desnudas.

- A alegria.
- O amor!(?)
- A liberdade!

E em mim está o reflexo do que falo, resistente ao vento e a todas as bocas silenciosas, meu ventre seco. Mas rasgo fora minha loucura pelo ouro que a lucidez pode oferecer. Rasgo fora minhas duvidas pelo que a certeza pode me fazer ser. Não sou a folha que se desdobra, sou ainda e então o papel amassado, ainda em branco.

L.M.

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